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O uso do LASER transdérmico para eliminar varizes e vasinhos

Agosto 2015 - Revisado em Maio 2021

 

O LASER é um feixe de luz bastante uniforme que, ao entrar em contato com as estruturas, transforma sua energia em calor. Existem diversos tipos de luz diferentes, desde comprimentos de onda infra-vermelhos, passando por cores visíveis, até raios ultravioletas. O aparelho gerador do LASER emite uma luz em um desses comprimentos de onda, de acordo com o tipo de fonte geradora. No tratamento de microvarizes e varizes através da pele, chamado tratamento com LASER transdérmico, atualmente utilizamos o Nd:YAG, que permite a formação de comprimento de onda de 1064nm, no espectro infra-vermelho.

 

Cada tipo de luz diferente atua sobre uma substância diferente encontrada na pele. Na nossa pele, temos diversas substâncias, como água, melanina (que dá a cor da pele) e a hemoglobina (que dá a cor vermelha do sangue). Com o uso do LASER Nd:YAG 1064nm, nosso alvo é a hemoglobina encontrada dentro dos pequenos vasinhos e varizes.

 

Quando o feixe de LASER penetra no vaso e encontra a hemoglobina, acontece uma grande formação de calor, que aquece de forma intensa o vaso, a ponto de danificar a sua estrutura. Esse dano, geralmente irreversível, faz com que esse vasinho se feche.

 

Porém nas pernas temos inúmeros vasinhos e veias com diferentes características. Uns são mais superficiais, outros mais profundos; uns mais finos, outros mais calibrosos; uns mais azulados, outros mais avermelhados. Tudo isso influencia na técnica para utilização do LASER para obtermos bons resultados e evitar complicações.

 

Outro detalhe técnico em relação ao LASER é que devemos sempre considerar o tipo de pele do paciente. Peles mais claras podem ser submetidas com mais facilidade ao tratamento com LASER, enquanto para peles muito morenas e negras o LASER não está bem indicado.

 

A principal vantagem do LASER é ser uma boa técnica para tratar todos esses tipos de vasos, dependendo dos ajustes realizados no aparelho. Em uma mesma sessão, podemos tratar desde telangiectasias (vasos finos) até varizes reticulares mais calibrosas.

 

Em uma sessão de LASER transdérmico podemos efetuar diversos disparos nas mais diversas regiões de pernas e coxas, além de regiões em face, pescoço e tórax. Não há risco relacionado ao número de aplicações em uma mesma sessão e a velocidade de disparos é extremamente rápida, o que permite que áreas extensas sejam tratadas em comparação com a escleroterapia convencional.

 

Além disso, novos métodos foram desnvolvidos para aumentar ainda mais a eficácia do tratamento com LASER. Atualmente, combinamos métodos de escleroterapia e crioescleroterapia com Glicose imediatamente após a aplicação do LASER (método CLaCS - Cryo-Laser and Cryo-Sclerotherapy, Miyake et al.), visando agregar a ação física do calor gerado pelo LASER, com as ações física (pelo frio) e química (pela Glicose) da Crioescleroterapia.

 

As complicações relacionadas ao uso do LASER, especialmente queimaduras, são incomuns quando utilizados os parâmetros corretos e utilizadas as precauções necessárias. De forma geral, evitar disparos contínuos em um mesmo ponto e utilizar energias muito altas, sobretudo em peles morenas, levam a um maior risco de queimaduras. Em relação às complicações relacionadas às varizes, como em qualquer método, podem surgir manchas após o tratamento. Essas manchas são decorrentes de pequenos trombos retidos nas veias ou da inflamação causada na pele e nos vasos.

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