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A escleroterapia e a crioescleroterapia no tratamento de varizes reticulares (menos calibrosas) e microvarizes

Fevereiro 2016 - Revisado em Maio 2021

 

A aplicação ou escleroterapia líquida é o principal método utilizado para "secar vasinhos". Infelizmente, devido à facilidade de acesso às substâncias e à praticidade da técnica, ela vem sendo realizada por profissionais não-médicos e por médicos que não compreendem de fato as causas e as diversas variáveis da doença venosa. Sua técnica consiste na injeção de uma solução que contenha substâncias que irritam e inflamam a parede da veia, como a glicose hipertônica, a etanolamina, a glicerina crômica, o polidocanol, dentre outras. Essa inflamação provoca uma resposta do organismo, promovendo na maioria das vezes o fechamento do vaso. Como a passagem do líquido pelo interior do vaso é bastante rápida, somente vasos bastante finos e avermelhados, as microvarizes (telangiectasias, ou vasinhos, ou ainda aranhas vasculares), devem ser tratados por essa técnica. Vasos maiores podem apresentar a coagulação do sangue, ao contrário do fechamento da veia, e microtrombos podem se formar no seu interior, o que pode levar a manchas escuras.

 

A crioescleroterapia também é realizada a partir da injeção de uma substância, a Glicose Hipertônica a 73-75%, no interior de uma veia, porém após esta substância ser congelada em temperaturas próximas a -40 graus Celsius. Quando injetada ainda em forma congelada e espessa, ela provoca não somente um dano químico à veia como também um dano térmico, além de aumentar o contato da substância com a parede da veia devido a sua textura mais densa. Esta sim deve ser a técnica preferencialmente utilizada em veias reticulares, ou seja, nas veias um pouco mais calibrosas, arroxeadas ou esverdeadas.

 

As duas técnicas podem ainda ser combinadas com o uso do Laser transdérmico, a fim de obter resultados ainda melhores. A combinação do uso de técnicas promove um tratamento completo e correto, tratando as veias nutridoras, que alimentam as microvarizes, e as próprias microvarizes. O sucesso do tratamento depende do fechamento de todas as veias nutridoras antes da aplicação nos vasinhos.

 

Como efeitos não desejados das diversas formas de escleroterapia, podem ocorrer a formação de manchas, mais freqüentemente, e o surgimento de úlceras no local da aplicação, com pouca freqüência. As manchas podem ocorrer devido à inflamação gerada, na maioria das vezes temporárias, ou devido à formação de microtrombos, com maior dificuldade para sua remoção.

 

Outro problema que pode ocorrer é o matting, ou o surgimento de novos vasinhos nos locais aplicados, também devido à inflamação gerada pelo método ou ao não fechamento adequado de veias nutridoras ou ao fechamento equivocado de veias de drenagem. Nesses casos, pode haver dificuldade de remover vasos residuais e, na maioria dos casos, somente com o passar de algumas semanas a meses ocorre o clareamento das lesões.

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